Agência Espacial Europeia divulga análises do satélite Planck, que podem revelar detalhes sobre os segundos após o Big Bang.
Cientistas europeus divulgam, na próxima quinta-feira (21),
novas imagens da "luz mais antiga" do universo, compiladas pelo
satélite europeu Planck. As imagens devem fornecer informações sem precedentes
sobre as origens e a evolução do cosmos.
A expectativa é de que o Planck possa dizer o que aconteceu
nos primeiros milionésimos de bilionésimos de segundo depois do Big Bang,
quando o universo que podemos observar hoje ocupava quase nenhum espaço.
O satélite foi lançado em 2009 para fazer mapas de
temperatura do céu e, nesta semana, os dados finalmente serão divulgados para a
comunidade científica mundial.
As pesquisas revelaram ainda que o universo é
"achatado", o que quer dizer que o espaço segue as regras da
geometria euclidiana, em que linhas retas podem ser estendidas ao infinito e os
ângulos de um triângulo somam 180 graus. E permitiram ainda estimar que a
formação das primeiras estrelas tenha ocorrido cerca de 400 milhões de anos
após o Big Bang.
"[O satélite] Planck tem sensibilidade e resolução
suficientes para conseguir extrair ainda mais informação", disse Mathers à
BBC. "Agora, a pergunta é: eles fizeram as coisas certas com os dados?
Espero que haja algo surpreendente. O que queremos é [a descoberta de] algum
fenômeno novo."
A equipe europeia por trás do Planck apresentará mapas do
céu em nove frequências - seis a mais do que o COBE e três a mais do que seu
sucessor americano, o WMAP, que foi lançado em 2001.
Essa varredura mais ampla foi planejada para dar à missão da
Agência Espacial Europeia uma visão mais nítida e limpa da radiação cósmica de
fundo.
É com essa visão aguçada que o Planck tentará encontrar
"algum novo fenômeno", que tenha acontecido antes mesmo do marco de
375 mil anos após o Big Bang, quando estima-se que a luz começou a se espalhar
pelo universo.
Fonte: Ciência e Fé
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